A caça é a prática de perseguir animais, geralmente de vida selvagem, por comida, entretenimento, ou comércio. O termo em inglês, hunting, refere-se à caça legalmente regularizada, e o termo poaching à caça praticada de maneira ilegal. Na língua portuguesa, caça refere-se tanto à atividade ilegal como à legal. Normalmente, as espécies que são caçadas são mamíferos ou aves.
Caça
Caça é a perseguição de um animal a outro ou de um ser humano a outro, normalmente com intenção de abate. É uma prática usada pelos animais carnívoros ou omnívoros para obtenção de alimento. Muitas espécies utilizam a caça, cada qual com técnica especializada levando em conta as características físicas do animal caçador e da presa. Geralmente usam emboscadas, perseguição em velocidade e/ou trabalho em grupo, sempre visando, dentre os possíveis alvos, os mais frágeis, como animais velhos, doentes ou recém-nascidos.
Caça humana
O Homem também utiliza a caça. Antes da civilização, esta era a principal fonte de alimento de muitos dos grupos humanos. Porém, a expansão populacional e o desenvolvimento da civilização tornaram o extrativismo natural – a coleta, a caça e a pesca – insuficientes para o abastecimento da população. A obtenção dos alimentos é provida primordialmente pela agricultura e pela pecuária, tendo a pesca resistido até os dias de hoje, atingindo escala industrial.
Embora a caça por sustento ainda resista até os dias de hoje, ela ocorre em pequenas comunidades isoladas, como algumas tribos indígenas, por exemplo. Outra modalidade de caça, a desportiva, ganhou importância com o passar dos séculos.
Caça Desportiva
Esta modalidade de caçada não visa a obtenção de alimentos, mas a conservação de tradições, a emoção da perseguição e ou do abate, entre outras.
Com a extinção ou ameaça de extinção de algumas espécies, foi necessária a criação de normas reguladoras da caça, que só é permitida em locais determinados, para certas espécies, em épocas determinadas e em quantidade limitada. Em alguns países, a proibição é total.
Ideologia por trás da caça
A caça é uma das mais antigas atividades do ser humano em favor de sua sobrevivência. A antropologia admite que a espécie humana somente atingiu o atual estágio de desenvolvimento mental a partir do momento em que os primeiros hominídeos deixaram de ser coletores para se tornarem onívoros. Isso foi determinante no desenvolvimento do senso de colaboração entre humanos, bem como no desenvolvimento de ferramentas. O instinto de caçar está presente no ser humano, seja na sua forma original ou na prática de esportes que ritualizam simulações de caçadas.
A atividade cinegética tem sido produto de uma longa história de mutação social em torno de representações problemáticas que durante séculos sustentaram as relações entre proprietários e caçadores. A caça e o mundo rural estão interligados por razões de sociabilidade. Na verdade, a caça envolve uma dupla relação de familiaridade e amizade com os animais domésticos e de hostilidade e agressividade para com o mundo selvagem, inculto e misterioso. A caça como elemento cultural estruturante de uma sociedade faz parte da idiossincrasia dos habitantes rurais, que se transmite de pais para filhos. Falar hoje sobre caça, significa colocar meios técnicos à disposição das populações e ecossistemas, economia e emprego ligados aos equipamentos e infraestruturas, atividade desportiva sociocultural e de ócio, enfim, um conjunto de interações que repousam sobre a melhoria de vida e que constituem o objetivo prioritário da gestão cinegética.
A caça, como recurso natural renovável, tem ainda uma componente regional que não deve ser menosprezada, pois o seu correto aproveitamento é fonte de riqueza e de bem]estar para as populações das zonas mais desfavorecidas.[2]
O abate de animais por esporte é praticado por povos em todo o mundo, independente de credo ou etnia. O ato de caçar tem implicações de caráter ético e, para a maioria das pessoas, trata-se de uma questão de foro íntimo.
A caça por esporte continua presente onde houver condições para sua prática. É um instinto tão espontâneo que pode ser facilmente observado logo na primeira infância.
A subsistência do esporte da caça em áreas milenarmente ocupadas no Velho Mundo, torna inquestionável que um manejo adequado somado a preservação e recuperação das áreas silvestres fazem da caça um esporte plenamente sustentável.
O imenso progresso nas condições de vida registrado na segunda metade do século XX gerou uma urbanização sem precedentes, além de uma melhoria e dinamização dos processos produtivos de carne e derivados.
Com isso, aliado a penetração de valores de preservação a caça começou a ser discutida de forma mais intensa na sociedade. Muitos grupos defendem a proibição irrestrita da caça, especialmente da caça esportiva.
A Caça de subsistência ainda é praticada por comunidades indígenas ou de regiões mais isoladas do globo, ou mesmo, em casos especiais.
Mesmo os praticantes e defensores da pratica da Caça para fins esportivos, culturais ou tradicionais tendem a apoiar atitudes preservacionistas e de diminuição do dano à natureza que tal prática pode causar.[3]
Caça, sustentabilidade e desenvolvimento rural
Nos países europeus a caça vem sendo praticada e regulada há centenas de anos, havendo hoje fauna abundante - mesmo nas nações que atravessaram duas guerras mundiais, e que hoje são altamente industrializadas e urbanizadas. Nos Estados Unidos a caça (amadora e desportiva) movimentava no fim do século XX uma economia de US$ 13 bilhões, (The Economist-1992), dos quais expressiva parcela arrecadada e destinada, segundo a Lei Pitman-Robertson, para sustentar e ampliar magnificos sistemas de Refúgios Naturais de Vida Selvagem que protegem milhões de hectares de áreas naturais. O estado americano da Pensilvânia, que é pouco maior do que o estado de Pernambuco adicionará R$ 1,43 bilhões de atividades econômicas apenas acrescentando o dia de domingo à sua temporada de caça, que traz ao estado 7500 empregos e geram mais de R$100 milhões em impostos estaduais e municipais.
Nos EUA, Canadá e México existe uma taxa (Ducks Unlimited - DU), que é cobrada dos caçadores amadoristas e que é revertida para a preservação de ambientes naturais. Só no Canadá, entre os anos de 1938 e 1996, o DU protegeu 6.072.791 ha e ampliou áreas já protegidas em 1.228.132 ha. Neste mesmo período de 58 anos, o DU do Canadá investiu US$ 700 milhões na preservação de 7,3 milhões de hectares.
Noutros países de rígida gestão ambiental, como é o caso da Austrália, também é permitida a caça controlada em seus territórios.
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Rio Vouga - concelhos: Sátão, Vila Nova de Paiva |
Despacho n.º 9546/2010, de 7 de Junho; Alvará n.º 261/2010, de 21 deJunho Atribuída, ao Clube de Caça e Pesca Amigos do Campo e da Floresta, a concessão de pesca no troço do rio Vouga, com cerca de 4,7 Km de extensão, desde a ponte da EM 581, a montante, até à ponte da Quinta do Pagalgo, a jusante, incluindo ainda um troço de 1,7 Km do ribeiro da Corga do Vale da Ribeira, desde a junção do ribeiro de Vila Chã até à confluência com o rio Vouga e um troço de 1,6 Km do ribeiro do Rebentão ou da Louzadela, desde o pontão da Louzadela Norte até à confluência com o rio Vouga, freguesias de Ferreira de Aves, Mioma e Sátão do concelho de Sátão e freguesia de Queiriga do concelho de Vila Nova de Paiva.A concessão é válida até 21 de Junho de 2020. |
Ribeira de Coja - concelhos: Sátão, Penalva do Castelo |
Despacho n.º 6124/2010, de 7 de Abril; Alvará n.º 256/2010, de 5 de Maio
Atribuída, ao Clube de Caça e Pesca Amigos do Campo e da Floresta, a concessão de pesca no troço da ribeira de Coja, com cerca de 2,9 Km de extensão, desde a ponte do Ferreira, a montante, até aos Moinhos de Doirigue, a jusante, freguesias de Silva de Cima e Rio de Moinhos do concelho de Sátão e Esmolfe e Ínsua do concelho de Penalva do Castelo.A concessão é válida até 5 de Maio de 2020.
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Rio Vouga - concelho: Sátão |
Despacho n.º 8/2011/CP, de 19 de Maio; Alvará n.º 310/2011, de 9 de Novembro
Atribuída, ao Clube de Caça e Pesca Ferreira de Aves, a concessão de pesca no troço do rio Vouga, com cerca de 5,7 Km de extensão, desde a levada do Marinheiro, a montante, até à ponte da EM 581, a jusante, incluindo ainda um troço de 1,8 Km da ribeira do Convento, desde a ponte do Convento de Ferreira de Aves, até à confluência com o rio Vouga, freguesias de Ferreira de Aves, Mioma, Avelal, Demercilo e Romãs, concelho de Sátão.A concessão é válida até 9 de Novembro de 2021.
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Pesca é a extração de organismos aquáticos, do meio onde se desenvolveram para diversos fins, tais como a alimentação, a recreação (pesca recreativa ou pesca desportiva), a ornamentação (captura de espécies ornamentais), ou para fins industriais, incluindo o fabrico de rações para o alimento de animais em criação e a produção de substâncias com interesse para a saúde - como o "famoso" óleo de fígado de peixe (especialmente o óleo de fígado de bacalhau).
Esta definição engloba o conceito de aquacultura em que as espécies capturadas são primeiro criadas em instalações apropriadas, como tanques, gaiolas ou viveiros.
As principais espécies exploradas pelas pescas no mundo pertencem aos grupos dos peixes, dos crustáceos e dos moluscos. No entanto, são também cultivados e capturados pelo homem várias espécies de crocodilos, batráquios (principalmente rãs), mamíferos marinhos (principalmente baleias) e algas.
De acordo com "O Estado das Pescarias e da Aquacultura no Mundo", uma publicação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), a produção de pescado no mundo em 2002 foi superior a 94 milhões de toneladas pela atividade extrativa e mais 50 milhões pela aquacultura. Estima-se que o pescado supra atualmente cerca de 16% da proteína consumida pelo Homem. As pescas são igualmente um enorme fornecedor de emprego, contribuindo enormemente para a economia mundial.
Pesca e pescarias
Embora sejam muitas vezes usadas como sinónimos, para os cientistas e administradores pesqueiros estas duas palavras têm diferentes significados. Enquanto a pesca é o próprio ato de capturar animais aquáticos ou de os criar, uma pescaria é o conjunto do ecossistema e de todos os meios que nele atuam – barcos e artes de pesca – para capturar uma espécie ou um grupo de espécies afins. Por exemplo, a pescaria de arenque do Mar do Norte, a pescaria de anchoveta do Peru e do Chile, a pescaria recreativa de achigã (black bass) no lago Ontário. No entanto, referimo-nos às pescarias de camarão de Madagáscar porque incluem uma componente industrial e outra artesanal ou as pescarias de atum porque têm diferentes espécies-alvo e são capturadas em diferentes oceanos.
As Pescas na história
Desde que há memória que a pesca sempre fez parte das culturas humanas, não só como fonte de alimento, mas também como modo de vida, fornecendo identidade a inúmeras comunidades, e como objeto artístico. A Bíblia tem várias referências à pesca e o peixe tornou-se um símbolo dos cristãos desde os primeiros tempos.
Uma das atividades com uma história mais longa é o comércio de bacalhau seco entre o norte e o sul da Europa, que começou no tempo dos vikings há mais de 1000 anos.
Segundo os pescadores a Lua exerce influência na pesca, assim podemos classificar as fases da Lua da seguinte forma: lua cheia – ótima para pesca; lua minguante – boa para pesca; lua nova – ótima para pesca e lua crescente – regular para pesca. Veja o calendário [1] de pesca.
Importância economica
Apesar de ser um alimento de excepcional valor nutritivo, nem sempre o pescado recebe valor proporcional no mercado.
O Brasil, com 5 kg de consumo per capita, não tem valores condizentes com o de um país de sete mil e quinhentos quilômetros de costa e imensas bacias hidrográficas. Para efeito comparativo, o índice anual do Senegal é de 37 kg, o do Canadá de 16 kg e o do Japão de 65 kg.
Métodos
Pesca recreativa - Arandu-SP-Brasil
A forma mais simples da pesca é um indivíduo isolado com uma canoa ou uma rede de pesca. Não só como atividade recreativa - proporcionando um enorme comércio em muitos países desenvolvidos -, mas também como pesca de subsistência nos países menos desenvolvidos, esta forma de pesca continua a ser muito importante em todo o mundo.
Mas a forma mais usual de pescar é com o auxílio de embarcações, começando com a jangada de papiros do Egito ou a piroga ou canoa de tronco escavado, ainda hoje a principal plataforma de pesca em muitos países menos desenvolvidos, passando pela voadeira e pelos barcos à vela, até aos enormes barcos-fábrica responsáveis pela produção de atum e equipados com a mais moderna tecnologia, desde helicópteros para a detecção dos cardumes, até receptores de informação de satélites, que lhes indicam a posição exata, a temperatura da água do mar, etc.
Pesca de linha
A pesca com linha e anzol, parecendo simples, continua a ser uma das principais formas de capturar peixe. Pelo fato do material ser de fácil aquisição, é o principal método de pesca de subsistência em rios, lagos ou junto à costa. No entanto, várias pescarias industrializadas usam este método, quer com a chamada linha-de-mão, em que cada pescador segura na mão uma linha na extremidade da qual se colocam várias linhas secundárias cada uma com o seu anzol, até aos palangres de vários quilómetros de comprimento com que se pescam os atuns de profundidade. Ainda muito praticado mas com menos adeptos é a pesca com mosca ou fly fishing em Inglês.
A pesca de anzol é ainda um desporto muito praticado no mundo. Veja um exemplo de pesca desportiva no Brasil, observe que na pesca esportiva o pescador tem que tomar muito cuidado para não machucar o exemplar tornando-o incapacitado de sobreviver, portanto deve-se retirar as fisgas dos anzóis para evitar que o peixe fique machucado seriamente.
Pesca de emalhe
Outra forma de pescar relativamente simples é a rede de emalhar - na sua forma mais simples, um retângulo de rede com flutuadores numa extremidade e pesos na oposta, que é lançada à água num local onde se saiba haver cardumes de peixe a nadar, os quais ficam "emalhados" ou seja presos nas malhas da rede, normalmente pelos espinhos ou opérculo. No entanto, este método tem muitas variantes, a mais perigosa das quais - para a fauna marinha e para a própria navegação - é a rede-derivante, que também pode ter vários quilómetros de extensão e pode perder-se, continuando a matar peixes que depois não são aproveitados e até mamíferos marinhos; para além disso, estas redes são praticamente invisíveis e um navio que passe por uma destas redes perdidas pode ficar com a hélice imobilizada. Por estas razões, este método de pesca foi banido em vários países do mundo.
Pesca de cerco
Barco de pesca utilizado na pesca de cerco
Algumas variantes da rede de emalhar deram origem às redes de cerco: a rede é colocada em volta de um cardume e o cabo do fundo pode ser puxado até formar um saco onde todo o peixe fica aprisionado. Esta forma de pescar é utilizada tanto em nível artesanal - na região norte de Moçambique estas redes são fechadas por 4-5 mergulhadores, em águas baixas - como em nível industrial, por exemplo, para algumas espécies de atum que formam cardumes à superfície do mar.
Pesca com armadilhas
As armadilhas de diversos tipos são também métodos de pesca muito populares desde tempos imemoriais. Na região Indo-Pacífica, quer dizer nas zonas tropicais e subtropicais dos oceanos Índico e Pacífico, os pescadores locais constroem gaiolas em forma de V com ripas de bambu ou de folhas de palmeira, colocam-nas perto de rochas ou recifes de coral e conseguem capturar peixes de grande valor comercial. Em Portugal existe uma pesca tradicional para cefalópodes (principalmente polvo) com alcatruzes (que são recipientes de barro, normalmente presos em número variável a linhas suspensas na água) ou "covos" que são gaiolas fabricadas de arame ou fibras vegetais. Os "covos" são bastante utilizados na costa norte portuguesa (Matosinhos, Labruge, Vila Chã, Mindelo, Vila do Conde e outras). Estas artes de pesca, como se designam os instrumentos utilizados diretamente na captura de peixe e outros animais aquáticos, pertencem ao grupo das chamadas artes passivas, uma vez que é o próprio animal que as procura, normalmente como refúgio, ficando nelas aprisionado.
Ao nível industrial, há pescarias que utilizam gaiolas, construídas em plástico ou rede segura numa armação metálica, que podem ser colocadas em grandes números e em qualquer profundidade, presas a um cabo. Estas gaiolas provocam um problema semelhante ao das redes de emalhar derivantes, pois podem perder-se e continuar a matar peixes ou outros organismos, sem nenhum benefício, nem para o homem, nem para os próprios recursos pesqueiros.
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