Igreja do Convento da Srª da Oliva |
Localizada em Tojal, na vila de Sátão, distrito de Viseu, este templo encontra-se adossado ao antigo Convento de Nossa Senhora da Oliva, estando ladeado por terrenos de cultivo. A Igreja é o que resta de um antigo Convento de Dominicanas, fundado em 1633,sendo inaugurado somente sete anos mais tarde, em 1640.O retábulo do altar-mor de talha joanina, data da terceira década do século XVIII.As paredes da capela-mor são revestidas a azulejos policromos do tipo tapete do século XVI.O templo apresenta um modelo de linhas maneiristas de gosto chão , moduladas em granito da região, com planimetria rectangular disposta longitudinalmente, havendo uma diferenciação do volume da capela-mor.Todas as janelas do templo, dispostas ao longo das fachadas laterais, são gradeadas.Apresenta uma planta longitudinal, composta e irregular, estando os corpos das capela-mor e sacristia num plano mais recuado. De acordo com as regras dos conventos femininos, a entrada para o interior da igreja faz-se pela fachada lateral, onde foi edificado um portal de moldura simples, encimado por frontão triangular e ladeado por duas janelas quadradas.Na extremidade esquerda da fachada foi colocada a sineira dupla.O interior do templo, de nave única, apresenta um rico programa decorativo, contrastante com a austeridade exterior.As paredes da nave são forradas com painéis de azulejos de tapete polícromos, executados na época de fundação do convento, estendendo-se o programa ao pano do arco triunfal e à capela-mor.O espaço da capela-mor foi ampliado cerca de 1744, numa obra patrocinada pelo sobrinho do fundador, Dr. Feliciano Cabral, cónego da Sé de Viseu, sendo executados nesta época os altares laterais e o retábulo-mor de talha joanina de grande qualidade. Nesta área podemos ainda encontrar a sepultura, em campa rasa, do fundador do convento, podendo ler-se na lápide correspondente "Sepultura do Doutor Feliciano de Oliva e Sousa Fundador desta Casa. Faleceu em 24 de Fevereiro de 1656" (Idem, ibidem, p. 71). Destaca-se ainda a imagem de vulto policromada de Nossa Senhora da Oliva, feita cerca de 1640 por uma oficina coimbrã e trazida para o templo no dia da sua sagração (Idem, ibidem, pp. 73-74). |
Localização |
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